O ser humano e sua necessidade de pertencer

Fernanda Macedo

6 de maio de 2021

Blog do Grupo Bridge

Desenvolvimento humano, transformação cultural e inovação.
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A necessidade de pertencimento é definida como uma motivação que nós seres humanos temos para procurar e manter laços sociais profundos, positivos e recompensadores. Não estou me referindo somente a pertencer a um grupo, mas a qualidade dos laços estabelecidos e o sentimento de aceitação presentes no mesmo.

Quando o sentimento de pertencimento fica comprometido, a ansiedade se torna disfuncional, o isolamento social se intensifica e o sofrimento se instala, prejudicando a saúde emocional de forma significativa.

E é neste ponto que te convido para uma importante reflexão:

Após um ano em trabalho remoto, o que você, líder, tem feito para fortalecer o sentimento de pertencimento nos seus grupos? Você tem se sensibilizado com essa questão?

Decidi escrever sobre esse tema, pois tenho recebido muitas demandas sobre essa temática, e também pelas falas que tenho ouvido com frequência: “perdi contato com fulano, há 1 ano não o vejo”; “tenho me sentido sozinho e não quero sobrecarregar meu gestor nem meus colegas falando sobre como me sinto”; “já não falo com outras áreas, mas tudo bem, minhas prioridades são outras”; ou ainda, “já não vejo o resultado final da minha área e não sei como tenho contribuído, mas o importante é fazer minhas entregas e dar conta da minha rotina.”

Essas, dentre tantas outras falas, traduzem o quanto as pessoas estão sobrecarregadas, sozinhas e perdendo alguns significados importantes, como o senso de pertencimento e de propósito que até então possuíam.

Antes da pandemia, as relações eram fortalecidas e o sentimento de proximidade era gerado sem que você percebesse, numa conversa rápida no elevador, no começo ou final de uma reunião, na passagem em frente à mesa do colega, no café, na carona para casa, entre tantos outros exemplos que teríamos aqui. Sem interações pessoais para fortalecer os relacionamentos e dar informações de contexto, há mais espaço para fazer suposições negativas sobre o comportamento de nossos colegas e sobre o que está acontecendo na empresa, abrindo margem para que as pessoas imaginem um cenário muitas vezes inexistente.

Mas, como nutrir e incentivar esse sentimento de pertencimento com a sua equipe?

Aqui, deixo algumas ideias que têm funcionado com muitos líderes:
1) Dar contexto: Dedicar um tempo para informações de contexto, pois as pessoas precisam saber o que está acontecendo além da usa área e de suas tarefas, precisam de uma visão do todo;
2) Reconhecer: Como o trabalho de cada um está inserido dentro do escopo maior da empresa, favorece o sentimento de pertencimento e na valorização do colaborador. Dê feedback, no formato online têm menos chances de acontecer o feedback informal, desses que ocorrem nos corredores da empresa;
3) Compartilhar ideias e conquistas: Além de gerar e/ou reforçar o senso de pertencimento, favorece a criação de um ambiente mais seguro;
4) Usar metodologias para cocriação: Quando as pessoas têm voz ao criar algo, os níveis de pertencimento aumentam. Demora um pouco mais, mas traz enormes benefícios a longo prazo;
5) Expressar o que é valor para você: Dialogar (abrir espaços para conversar) sobre o que é valor para você e sua equipe, sobre perspectivas de futuro, alivia a ansiedade e o estresse;
6) Conversar sobre o tema: Expressar como você, líder, está notando o sentimento de pertencimento na equipe e como você se sente com isso. Falar sobre como você está lidando com os momentos de solidão e compartilhar seus anseios com a equipe também pode ser uma forma potente fomentar a conexão e gerar o pertencimento;
7) Compartilhar histórias: Criando um espaço onde as pessoas possam compartilhar histórias sobre a vida fora do trabalho. Isso não apenas fomenta o pertencimento, mas também constrói relacionamentos mais fortes, principalmente quando se trata de lutos e momentos delicados sobre como cada um está enfrentando seus desafios;
8) Dar espaço para as pessoas falarem dos seus lutos: Não abra uma conversa com a intenção de ser resolutiva, mas sim por estar genuinamente interessado (a) na pessoa que trabalha com você. Percebo que muitos líderes evitam conversas mais difíceis por acharem que precisam dar uma resposta ou resolver o problema, quando na verdade só deveria estar ao lado, pensando junto e a pessoa se sentir reconhecida e fazendo das prioridades desse líder. Ou ainda…
9) Estar disponível: Apenas fazer uma ligação ou enviar uma mensagem simplesmente dizendo que gostaria de saber como a pessoa está e se colocando disponível, pode ser um gesto afetivo de inclusão muito poderoso.

Os líderes precisam criar condições de inclusão, garantir que as ideias sejam ouvidas e ter empatia quando estiverem estressados, ansiosos ou esgotados. Ser alguém que ameniza o sofrimento do outro, simplesmente expressando o seu interesse genuíno, pode te tornar um ser humano ainda melhor, não porque você fez o seu papel de líder, mas porque genuinamente se importou ou mesmo se sensibilizou com um sofrimento de outro ser humano.

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ESCRITO POR

Fernanda Macedo

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