Deixar claro um futuro próximo ajuda as pessoas a se conectarem com o presente!

Celso Braga

17 de janeiro de 2023

Blog do Grupo Bridge

Desenvolvimento humano, transformação cultural e inovação.
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Pessoas comprometidas, que executam bem suas atividades e garantem suas entregas, se sentem importantes e nos ajudam a fazer os resultados de agora. Mas, sem uma visão clara de futuro são menos propensas a acharem que o que fazem será benéfico para seu crescimento e desenvolvimento. É neste ponto que muita gente vai embora, mostrando uma desconexão e pouco senso de engajamento ou pertencimento.

 

As lideranças possivelmente precisam de mais do que transformações superficiais, cumprir feedbacks planejados ou conversas frequentes do dia a dia. E, espontaneamente, as pessoas também pedem por mais, querem saber se importam para o futuro e não só para o aqui e agora.

 

Recentemente conversei com vinte pessoas realmente muito comprometidas em entregar os resultados, seu tempo de empresa variando entre 05 e 18 anos, e que se mostravam muito interessadas no que faziam. Quase como unanimidade se mostravam também propensas a escutarem propostas e sair da empresa por estarem totalmente sobrecarregadas e sem uma visão clara de para onde estariam indo no horizonte de um ano. Veja que não se trata de entenderem a importância do que fazem, se trata de estarem sem horizonte. Este fato está levando os mais novos de empresa a manterem um turnover beirando a casa dos 30%.

 

É preciso reavaliar a forma como as empresas e as lideranças estão conduzindo o futuro, a agilidade e a mudança como constantes são verdade, mas não podem ser as únicas. Culturalmente as pessoas precisam se enxergar à frente, fazendo algo que importa e lhes dá estímulo para seguirem progredindo. Só assim o tempo presente passa a importar, pois passa a fazer sentido estarem conectadas com ele para conseguirem chegar aonde desejam.

 

Claro que estamos vivendo um padrão de mudança cultural por todos os lados, onde a liderança é parte fundamental no processo. Portanto, devemos cuidar de sair de uma reação focada no ágil do hoje, na solução de problemas imediatos de uma vida comandada por emergências, para podermos mirar um pouco à frente. Só assim atenderemos a necessidade de contrabalançar as demandas entre o hoje e o futuro.

 

Lideranças excepcionais harmonizam os tempos sem que haja danos para as entregas do hoje nem comprometimento do entusiasmo com um futuro próximo. Isto é importante, pois o hoje está muito relacionado com nossas capacidades racionais e o futuro com as perspectivas emocionais, anímicas, garantindo que nos sintamos conectados a algo ou alguém.

 

Conversas sobre o futuro, o uso da capacidade de entrelaçar pontos com uma visão das partes conectadas ao todo, são fundamentais e precisam ser concebidas pela liderança. Quando as pessoas não conseguem ler o todo, não sabem o que os colegas fazem, não sabem como cada um pode contribuir com o outro e as variáveis que podem acontecer em cada passo rumo ao futuro, elas não conseguem se inserir e, portanto, não se sentem relevantes ou importantes. Sete em cada dez líderes me perguntam como engajar as pessoas, gerações e times, a resposta está dada: perspectiva de futuro, onde cada um tem um papel relevante.

 

Lideranças excepcionais são hábeis em discutir perspectivas e horizontes, em descobrir e dizer como cada um pode contribuir, em animar as pessoas a se visualizarem no amanhã juntas, conectadas a um propósito e a alguma obra diferente. Conseguem fazê-las sentir e querer estarem juntas, participarem e construírem essa visão compartilhada.

 

As pessoas possuem desejos e a consciência de que podem ser mais e melhores, sabem de suas sensações e por elas se conectam ou desconectam de um futuro possível. A forma mais certa de conscientização e criação da conexão desejada abrange o aumento do diálogo, o aprender coletivo, onde crescer juntos a proximidade das relações importam porque vivemos melhor colaborativamente do que sozinhos.

 

Ainda que o futuro seja uma linguagem abstrata, porque está sempre em mutação, para onde vamos não é abstrato. Nossas capacidades, nossas competências, nos permitem produzir os melhores caminhos para chegar até onde desejamos. E é aí que a diversão começa. Caminhos com obstáculos, onde juntos precisamos ultrapassar, caminhos onde temos de aprender individual e coletivamente a nos mover, pois o que sabemos já não é o suficiente. E caminhos onde descobrir coisas aguça nossa curiosidade. Tudo isso – clareados através da comunicação e do vínculo – produz conexão, engajamento e o pertencimento necessários em nossos papéis.

 

Se você está se perguntando por onde começar, aproveite esses passos:

 

1 – Fale das atividades de hoje, das tarefas, das entregas e, claro, nunca deixe de falar como isto importa e impacto no futuro;

2 – Dê uma visão ampliada das estratégias, pontos de chegada e das conexões entre as áreas, projetos e pessoas envolvidas;

3 – Exercite desenhar para si e para os seus liderados onde estarão daqui a um ano e o que precisam para que isso se concretize.

 

Lembre-se: Lideranças excepcionais integram o hoje e o amanhã.

ESCRITO POR

Celso Braga

O Celso é um obstinado sonhador e realizador. Sócio-diretor do Grupo Bridge, é casado com a Adriana, pai do Lucas e do Mateus. Adora olhar pra frente e construir o futuro.

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