Pensadores Críticos – por que são tão necessários?

Alessandra Ramos

26 de janeiro de 2021

Blog do Grupo Bridge

Desenvolvimento humano, transformação cultural e inovação.
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Desde o ano passado estamos empenhados em um lindo projeto sobre PENSADORES CRÍTICOS.

Somos apaixonados pelo que fazemos e sempre nos dedicamos ao máximo a cada “filho” que criamos, mas esse projeto… Está definitivamente se tornando meu xodó!

Que os demais clientes não me ouçam, ou melhor! Que ouçam e queiram também investir nessa competência! Vejam só o porquê:

A verdade é que, ao construí-lo do zero, e torna-lo único, estamos colocando tudo que acreditamos ser necessário para que os gestores tenham uma visão mais ampliada e ao mesmo tempo aprofundada do negócio. Para que futuros gestores tenham uma leitura de cenário mais fidedigna, menos situacional ou tendenciosa.

Sabemos que inúmeros fatores contribuem para a dificuldade de se tomar decisões rápidas, e ao mesmo tempo assertivas. De garantir mudanças em tempo hábil e ao mesmo tempo fazer com que elas sejam não só implementadas, mas que gerem o resultado desejado.

Mas, também sabemos que os profissionais estão cada vez mais sob grande pressão, com equipes cada vez mais exíguas e orçamentos limitados. Num mercado mais agressivo e desafiador…

E é exatamente por isso que o pensamento crítico se faz tão – mas tão – necessário no mundo de hoje. E não só para gestores, mas para todos!

Alguns pontos que reduzem a possibilidade de encontrarmos pensadores críticos já “formados” em nossas equipes:

– O primeiro, e talvez o ponto mais impactante, é a limitação do sistema educacional brasileiro. Sim, a educação primária e secundária moldam nossa forma de explorar e aprender o mundo, dão um modelo de como agir para descobrir e conquistar. Ele forma reprodutores de conhecimento e não pensadores do conhecimento. É um sistema que, mesmo o privado, visa a competição, a assimilação de grandes quantidades de informação e a necessidade de sempre ter “razão”. Nem é preciso dizer o quanto esses três fatores, juntos, dificultam uma enriquecedora discussão sobre a realidade, né?

– O segundo ponto crucial é a rotina. Sim, nossa rotina massacrante disponibiliza pouco, ou nenhum, tempo para fazermos coisas diferentes, explorarmos novos assuntos, descobrirmos tendências sobre coisas que não conhecemos. Nossa rotina nos faz ir no fluxo do “conhecido”, do que “gostamos”, do que nos dá satisfação instantânea porque – afinal – não há tempo a perder, certo? Em nosso tempo livre queremos relaxar e curtir, o que incluir fazer o que sempre fazemos para relaxar e curtir. Raramente nos pegamos fazendo algo que jamais sonhamos fazer, tentando algo novo ou que “não combina com a gente”. E isso limita, e muito, nossas experiências, nosso hall de vivências, informações e conhecimentos diversificados que nos ajudam a questionar e contrapor o “status quo” que é a nossa vida bem equilibrada e organizada (ou é o que, pelo menos, tentamos fazer dela);

– O terceiro ponto, e não menos importante, é a nossa conectividade. Sim, o que era para ser uma maravilha da pós-modernidade está se tornando cada vez mais um pesadelo. Calma! Não somos contra toda essa magia que coloca o mundo – literalmente – na palma das nossas mãos. Mas, se juntarmos o primeiro e o segundo pontos acima citados com esse, temos uma imensa dor de cabeça para lidar. Explico: Sabe aquela história de que nunca, na história da humanidade, geramos tanta informação em tão alta velocidade? Então. Estamos cada vez mais conectados em redes e fontes que nos “jogam” cada vez mais informações. Tais informações mudam cada vez mais rápido. Não temos muito (ou quase nenhum) tempo para “digeri-las”, para pensar sobre elas, e acabamos por absorver grande parte como “esponjas”, sem parar para refletir se são verdadeiras, de fonte confiáveis, ou se fazem sentido. Vamos nos norteando nesse imenso mar de informação por “feeling”, ou – o mais perigoso de tudo – por “afinidade”. O que torna nosso próprio julgamento sobre as coisas pouco confiável.

Estes três pontos, juntos, acabam por nos tornar exímios consumidores de tudo e conhecedores de nada. Afinal, informação é bem diferente de conhecimento. E, por sua vez, conhecimento sem sabedoria é vão. Já dizia algum pensador poderoso…. Sim, perder as raízes e referências também é um sintoma da nossa realidade atual!

Agora, tudo está perdido? De jeito nenhum!

Mas, deixa claro porque as empresas começaram a olhar para essa realidade e entender a importância gigantesca de ter em suas equipes pessoas que – ao invés de aceitar e assimilar as situações em que vivem – passem a questionar o que é visível, buscar aprofundar as questões relativas a situações importantes para o negócio, baseando-se em dados, fatos, e não apenas no que está no entorno. Correlacionando esses dados e fatos com outras informações que possam estar interferindo de forma indireta, mas gerando grandes impactos.

É esse olhar crítico, esse pensamento mais refinado, que consegue aprofundar e ao mesmo tempo ampliar a compreensão a cerca de um dado ou informação que acaba por gerar um diferencial absurdo nos negócios. Saber o que está influenciando, como os dados se interrelacionam e geram impactos aparentemente “imprevisíveis”, mas que na verdade são totalmente influenciáveis se observados de forma mais atenta.

Compreender as tendências e os movimentos através dos indícios observáveis… Tudo isso é possível com o pensamento crítico. Porém, um grande bônus atrelado a ele, sem dúvida – e que faz muita falta hoje em dia – é a postura em sintonia com o discurso e a linha de raciocínio que segue.

Sim, um pensador crítico é alguém que vive por seus princípios. Ele compara, analisa, observa e questiona. Se questiona. Se adequa ao que acredita e serve de modelo para os demais. Ele vive o que diz, seu comportamento é confiável, pois ele expressa não só em palavras, mas em atitudes!

É muito difícil para qualquer colaborador seguir um líder que não faz o que diz, isso é fato. Às vezes temos receio de falar, mas, quantas vezes já paramos para pensar sobre isso?

Esse mundo da conectividade não deixa de ser um mundo das aparências, do raso, do imediato. Mas, isso não sustenta valores, não motiva equipes e não garante resultados. Pelo menos, não a longo prazo. Assim como nossa família sabe quem realmente somos, porque vive o melhor e o pior de nós, nossas equipes também comparam, analisam e observam. Sabem quando falamos e acreditamos ou quando apenas discursamos para convencer. Que equipe segue um líder em que não acredita? Em que não confia?

A boa notícia?

Todo ser humano tem sua veia crítica pulsante, inerente, pronta para ser desenvolvida.

Todo ser humano pode se aperfeiçoar e se desenvolver, utilizar seu arsenal mental – que é riquíssimo e tão pouco utilizado – para pensar de forma mais analítica, criativa e sistêmica.

Então, que tal, pensar um pouco mais a respeito de tudo que falamos aqui e considerar a hipótese de aperfeiçoar seu PENSAMENTO CRÍTICO?

Pense a respeito, analise os prós e os contras. Pondere sobre o quanto isso te beneficiaria nos negócios e na vida, e venha falar com um de nossos especialistas.

Esse treinamento, feito com tanto carinho, também pode ser extremamente útil para você e suas equipes.

Grande beijo e até a próxima!

ESCRITO POR

Alessandra Ramos

É Analista Sênior do Grupo Bridge, onde desenvolve conteúdos e ações educativas que buscam despertar o ilimitado potencial das pessoas. Se não está aprontando por aqui, certamente está cuidando da família ou bagunçando com as crianças.

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